Sinopse:
Lavar a roupa e sentir seu peso, seu cheiro, o suor em sua trama, o formato de quem a vestiu. A poeta Clara Bezerra, neste livro de estreia, faz reverência às mulheres que vieram antes dela e que a ensinaram o ritmo, o rigor e a paciência do ofício de lavadeira. Experimentando-os nas palavras — carregadas, elas também, de peso, cheiro, suor e dos muitos formatos de quem quer que as tenha vestido ao longo do tempo —, Clara enfrenta a pedra limpa, batendo nela versos que, devidamente torcidos, revelam finalmente o que têm a dizer.
Nas tramas dos tecidos, manchas de cenas antigas, grãos imperceptíveis de areia, o cheiro de um corpo ao longo dos anos — testemunhos de vidas, dissipados pelas mãos precisas de quem os lava como ofício. É partindo da imagem das lavadeiras de sua infância que Clara Bezerra inicia este livro: colocando-se entre mundos, ela faz com o verso aquilo que as mulheres faziam com roupas no rio, trazendo para o centro e para as margens de seus poemas imagens aquáticas e pedregosas, cheiros de alvejante e sabão, a bacia e o anil, a chuva e o barro, a despedida da avó, o sal no ar.
“Repare / Não há força / Que apare / A força / De quando a água / Decide ser / Ave.” Desta forma, a ideia de metamorfose da obra amplifica tanto as palavras quanto a memória dos poemas, atingindo suas múltiplas formas e fazendo com que uma pequena mancha na memória, talvez de azeite, talvez de tinta, possa ser, quem sabe — — depois de colocada na água, lavada com esmero e quarada na laje —, um pássaro imenso.
Sobre a autora
clara bezerra nasceu em uma pequena cidade no interior do Rio Grande do Norte: Acari.
Passou os primeiros anos em Cruzeta, cidade vizinha, onde encontrou livros guardados no armário de sua mãe e na biblioteca pública. As primeiras histórias lidas naqueles anos marcariam parte de suas decisões quando jovem e adulta. A expectativa sobre a menina que saiu do interior para estudar na capital era de que se-guisse o caminho da saúde, mas ela foi procurar cura através das palavras. Escolheu cursar letras e comunicação social e tornou-se publicitária e gestora de comunicação institucional. A atuação profissional seguiu paralela ao desejo pelos livros. Um dia, percebeu que teceu sua trajetória de vida com poesia, por meio dos livros que lia e dos textos que escrevia. Decidiu, então, que as palavras que estavam guardadas para si poderiam ganhar mundo, e assim surgiu o seu primeiro livro de poemas: Roupa de ganho.
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EDITORA: Tainã Bispo
COORDENAÇÃO EDITORIAL: Juliana Cury | Algo Novo Editorial
EDIÇÃO DE TEXTO: Carla Kinzo
REVISÃO: Jade Medeiros
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Jorge Henrique M. Santos
CAPA: Vanessa Lima
IMAGEM DE CAPA: Lavadeiras, de Manuel de San Martin, 1886
Acervo e copyright: Instituto Moreira Salles.
Especificação:
Autor: Clara Bezerra
Editora: Paraquedas
Genero: Ficção
Formato: 20 x 13 x 6
Páginas: 140
ISBN: 9786584764439
Peso: 0.2
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